Hélio Góis exagera despesas de campanha de Camilo e Eunício em 2014
O candidato do PSL ao governo do Ceará afirmou que as despesas dos dois foram de R$ 123 milhões, mas os custos foram de pouco mais de R$ 100 milhões, conforme o TSE
“Nas últimas eleições [para governador no Ceará], os candidatos que foram ao segundo turno gastaram juntos R$ 123 milhões, segundo eles mesmos informaram ao TRE”, Hélio Góis em postagem em sua conta pessoal no Facebook, no dia 1 de agosto.
Ao criticar gastos em campanhas passadas para o Governo do Ceará, o candidato Hélio Góis (PSL) inflou os custos reais de Camilo Santana (PT) e Eunício Oliveira (MDB) na disputa ao Palácio da Abolição em 2014. O valor informado por Góis diz respeito às estimativas iniciais dos candidatos. Porém, conforme a prestação de contas final entregue ao Tribunal Superior Eleitoral, os gastos efetivos dos dois somaram pouco mais de R$ 100 milhões.
O Truco nos Estados – projeto de fact-checking da Agência Pública, também realizado no Ceará – levantou os gastos de cada um dos candidatos no portal do Tribunal Superior Eleitoral. A campanha mais cara foi a do atual governador Camilo Santana (PT), que concorre à reeleição. Em 2014, o petista gastou R$ 51.060.437,44. Esse valor foi destinado, sobretudo, a transporte e publicidade.
Já o senador Eunício Oliveira (MDB), ex-adversário de Camilo e atual aliado, investiu R$ 49.284.151,97 na campanha em 2014. Juntas, as duas candidaturas que chegaram ao segundo turno do pleito custaram R$ 100.344.589,41.
O valor citado por Hélio Góis, candidato que faz palanque para Jair Bolsonaro (PSL) no Ceará, são referentes às estimativas de despesas entregues pelos candidatos à Justiça Eleitoral no início da campanha e, não, ao que de fato foi investido por eles no período. À época, os dois candidatos cearenses estavam na lista entre os dez orçamentos mais caros para as eleições de governadores em 2014.
O candidato também errou ao dizer que a prestação de contas foi feita junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Na realidade, quem é responsável por receber as contas dos postulantes é o TSE.
Góis, ao considerar as estimativas de gastos e não o que foi declarado ao fim da campanha, extrapola em R$ 23 milhões a soma dos custos das duas campanhas na última eleição. O Truco, portanto, atribui o selo Exagerado à afirmação do candidato do PSL.
A assessoria de comunicação do candidato informou que ele retirou os dados de uma matéria publicada no portal G1 no dia 11 de julho de 2014. O conteúdo, realizado antes do balanço final do TSE sobre os gastos na campanha, foi feito com base na previsão dos gastos de cada candidato e, não, na prestação de contas final.
Ops, Aílton: foram R$ 130 milhões para saneamento básico no Ceará
Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) da Sefaz aponta um gasto de pouco mais de R$ 130 milhões em 2017
Errou, General: Ceará tem 91 toneladas de esgoto não tratado por dia
O tucano inflou em muito os números ao dizer que são 91,4 bilhões de toneladas por dia em esgoto a céu aberto no Ceará.
Hélio Gois erra posição brasileira em ranking internacional de educação
Hélio se equivocou ao citar os números. Disse que o país ocupava a 73ª posição no ranking, quando a prova só foi aplicada em 70 países