Armando errou: Pernambuco está longe de ter a pior taxa de analfabetismo do Nordeste
Apesar de ser muito elevado comparado com a média nacional, índice de 13,4% ainda é um dos melhores da região, sendo superado apenas pelos 12,7% da Bahia
Em sua participação no debate dos candidatos ao governo de Pernambuco promovido pela Rádio Jornal nesta terça-feira (28), Armando Monteiro (PTB) disparou críticas ao discurso da atual gestão estadual no campo da educação. Entre os comentários, o candidato declarou: “Pernambuco tem a mais alta taxa de analfabetismo da região (Nordeste). Nós temos 13,4% da população analfabeta.”
O Truco nos Estados – projeto de fact-checking da Agência Pública, feito em Pernambuco em parceria com a Marco Zero Conteúdo, checou a declaração que, de acordo com a Assessoria de Imprensa do candidato foi baseada em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE de 2017. Os números da PNAD Contínua mostram, entretanto, que Pernambuco não tem a mais alta taxa de analfabetismo do Nordeste, sendo FALSA a afirmação do candidato.
Pernambuco realmente apresentou uma taxa de 13,4% de analfabetismo da população no levantamento, porém a maioria dos estados do Nordeste teve desempenho inferior. É o caso de Alagoas (18,2%), Maranhão (16,7%), Piauí (16,6%), Sergipe (14,5%), Ceará (14,2%) e Rio Grande do Norte (13,5%). O resultado pernambucano só foi pior em relação à Bahia, com taxa de analfabetismo de 12,7%.
Desemprego no Brasil cresceu quando Armando era ministro, mas não foi o maior da história
Candidato do PTB comandou a pasta da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, entre janeiro de 2015 e maio de 2016, durante o governo de Dilma Rousseff
Danielle Portela erra ao falar sobre piso dos professores de Pernambuco
A candidata do PSOL criticou o governo por não pagar o valor mínimo previsto de R$ 2.455,35 a todos os professores do estado, mas não levou em conta a questão contratual
Armando usa dado correto ao falar do cenário fiscal de Pernambuco
O estado deixou R$ 1,5 bilhão de restos a pagar em 2017, 23,5% a mais que em 2016