João Arruda descontextualiza dados ao afirmar que Paraná caiu no Ideb
Ainda que tenha havido queda em avaliações realizadas nos últimos dez anos, notas do estado subiram nos últimos seis anos
“Nós perdemos muito no Ideb. Nossa educação caiu muito”, disse o candidato do MDB a governador, João Arruda, durante sabatina sobre educação e segurança pública promovida pelo direção da Casa do Estudante Universitário (CEU) e pelo Sindicato dos Jornalistas do Paraná (Sindijor-PR) na última segunda-feira (3).
De fato, o Paraná tem penado para atingir a meta do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Apesar disso, há crescimento nas médias das três últimas avaliações.
Assim, o Truco nos Estados – projeto de fact-checking da Agência Pública feito no Paraná em parceria com o Livre.jor – considera sem contexto a afirmação do candidato.
Nenhum estado atingiu a meta para o ensino médio em 2017, mostram os números do Ideb, divulgados há poucos dias pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O Paraná ficou a um ponto da meta para o ano passado.
Apesar de ter crescido nas últimas três avaliações, a média alcançada pela rede estadual de ensino em 2017 é igual à verificada dez anos. O aparente paradoxo se explica pela queda que ocorreu nas avaliações realizadas em 2009 a 2011.
Ironicamente, em 2009 o governador era Roberto Requião, tio de João Arruda e filiado ao mesmo partido que ele.
O mesmo fenômeno é verificado nas avaliações gerais do ensino médio.
Os melhores resultados do Paraná no Ideb estão nos iniciais do ensino fundamental, que vem batendo as metas desde 2007.
Por outro lado, a meta para os anos anos finais do ensino fundamental não é atingida desde 2011. Ainda assim, há uma melhoria contínua nas avaliações feitas pelo Inep.
O que diz o candidato – “Podemos dizer que o Ideb do Paraná efetivamente caiu se analisarmos uma série histórica mais ampla”, argumentou a assessoria de João Arruda quando confrontada com o selo atribuído pelo Truco nos Estados.
“Em 2009, o Ideb do estado era de 4,2. Em 2013, despencou para 3,8, e desde então recuperou dois pontos percentuais. Ou seja, o governo Beto Richa (PSDB) devolve a educação em piores condições do que quando assumiu. O crescimento de 0,1 anunciado agora é considerado ‘inexpressivo’ pelo MEC (Ministério da Educação)”, disse Arruda.
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