Skaf diz que jogaram bombas em quartel da PM, mas apuração não foi concluída
Incêndio em unidade na zona leste de São Paulo, que destruiu dois carros e uma moto, ainda está sob investigação da polícia
“Há poucos dias, em um quartel da PM, foram jogadas duas bombas.” – Paulo Skaf (MDB), em entrevista para a TV Tem (Sorocaba e Jundiaí).
No dia 27 de agosto, o candidato do MDB a governador de São Paulo, Paulo Skaf, participou de uma entrevista realizada no TEM Notícias 1ª Edição, jornal do horário do almoço transmitido pela TV Tem na região de Sorocaba e Jundiaí. Ao ser questionado sobre suas propostas a respeito da segurança pública no estado de São Paulo, Skaf mencionou um suposto ataque com duas bombas que teria ocorrido em um quartel da Polícia Militar de São Paulo. O Truco nos Estados – projeto de fact-checking da Agência Pública – analisou a afirmação e concluiu que é impossível de provar.
Como fonte, a campanha do candidato indicou uma notícia do portal G1. Segundo o texto, na sexta-feira, dia 24, um incêndio criminoso havia destruído dois carros e uma moto que estavam dentro do 39º Batalhão da Polícia Militar, localizado em Artur Alvim, na zona leste de São Paulo. Ainda de acordo com a notícia, uma das linhas de investigação do caso consideraria a possibilidade de uma pessoa ter atirado um coquetel molotov dentro do batalhão.
O Truco entrou em contato com a assessoria de imprensa da Polícia Militar de São Paulo. Em nota, a polícia respondeu que “nenhuma hipótese foi descartada, mas até o momento não há indícios que o incêndio tenha origem criminosa”. Uma investigação policial foi instaurada pela 65ª Delegacia da Polícia Civil e outra, pela PM. Os trabalhos ainda não foram concluídos e a Polícia Civil aguarda os resultados de laudos periciais. Até a conclusão das investigações, portanto, não é possível saber de fato se houve origem criminosa no incêndio que aconteceu no batalhão.
O candidato discorda
Comunicada sobre o resultado da checagem, a assessoria de imprensa de Paulo Skaf não respondeu no prazo estipulado. Após a publicação, a equipe de comunicação do candidato enviou a seguinte nota: “A classificação ‘impossível provar’ não é precisa. O fato é que houve a explosão de uma bomba. Foi isso o que o candidato disse.”
Atualização (06/09, às 15h18): Foi incluída a resposta da assessoria de imprensa de Paulo Skaf.
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