Em ranking de bancos de 2017, Banpará esteve entre líderes
A classificação consta no Anuário Finanças Mais publicado em 2017. No entanto, o levantamento mais recente mudou a metodologia e o Banco do Estado do Pará não é considerado no ranking geral.
“É o primeiro banco [Banpará] de varejo do Brasil na categoria dele” – Márcio Miranda (DEM), em entrevista ao Bacana News, na Rádio Unama FM, dia 17 de outubro
O candidato do Democratas, Márcio Miranda, referia-se na frase ao Banco do Estado do Pará, o Banpará. Questionado sobre o desemprego no estado, Miranda citou seu plano de disponibilizar R$ 100 milhões para o microcrédito, via Banpará. Ele informou que a situação atual do banco é saudável, que a instituição dá lucro e que seria o primeiro banco de varejo do Brasil na categoria dele.
Há um ranking das instituições financeiras em que, na edição do ano passado, o Banpará ocupava a terceira posição entre os bancos de varejo, sendo o primeiro que tem o estado como principal acionista. Na edição deste ano, por mudanças na metodologia do relatório, o Banpará deixou de ser avaliado pelo ranking geral dos bancos de varejo, deste modo não é possível determinar a posição atualizada do banco. Assim, o Trucos nos Estados – projeto de checagem da Agência Pública realizado, no Pará, em parceria com o Portal Outros400 – considera a declaração de Márcio Miranda ‘sem contexto’.
O Anuário Finanças Mais, organizado pelo jornal O Estado de S.Paulo em parceira com a consultoria Austin Rating, traz um ranking das instituições financeiras no Brasil. Os critérios considerados para a classificação são crescimento, liderança de mercado e desempenho. Baseado em demonstrações financeiras publicadas nos balanços do ano anterior, o ranking divide os bancos em cinco segmentos: atacado e negócios, financiamento, middle Market (mercado de médias empresas), montadoras e grupos, varejo.
No ranking de 2017, a partir dos dados de 2016, o Banco do Estado do Pará não foi o primeiro no segmento varejo, mas esteve entre os melhores. A lista contou com o Bradesco em primeiro, o Itaú Unibanco em segundo e o Banpará em terceiro. Como os dois primeiros são bancos privados, o Banpará seria o primeiro entre os que são sociedade de economia mista, ou seja, que têm o Estado como acionista majoritário.
Ranking Bancos de Varejo 2017
Já no ranking de 2018, o primeiro colocado do segmento foi o Bradesco, ficando o Itaú Unibanco em segundo e o Santander em terceiro. A lista classificatória geral dos dez bancos mais bem colocados nesse segmento continua com Banrisul, Banestes, Caixa, BRB, Banco do Brasil, BNB e Basa.
Ranking Bancos de Varejo 2018
A saída do Banpará do ranking de um ano para outro ocorreu por conta de mudança na metodologia da pesquisa. Na edição de 2017, todas as instituições financeiras foram consideradas para a classificação geral. A partir de 2018, foram instituídas linhas de corte, entre as quais uma base mínima de R$ 10 bilhões de ativo total, que o Banpará não alcança.
“Da edição 2017 pra essa 2018 nós fomos ajustando. O indicador de um banco menor, vamos supor, de um Banpará, com um Bradesco é influenciado por esse porte. Pra não ocorrer a interferência por causa do porte, nós resolvemos tirar da amostragem não só Banpará como outros bancos. Ele não entrou porque ficou fora da base de comparabilidade”, explica o gerente da base de dados da Austin Rating, Alexandre Campos.
Essa limitação vale apenas para o ranking geral. “O Banpará não apareceu no estudo especial do caderno, das melhores instituições do segmento de varejo, porém, para os rankings complementares, que são só informativos, são considerados os dados dele”, comenta Campos. Nessas classificações específicas de 2018, o Banpará é o segundo por rentabilidade do patrimônio líquido, o terceiro por eficiência e o nono por resultado líquido.
Não fica claro, na fala do candidato, a qual categoria ele se refere. Perguntamos à assessoria de Miranda em que fonte a declaração está baseada, mas não houve resposta.
Criado em 1959, o Banpará é posterior a outros bancos ligados a administrações dos estados, como o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), de 1928, e o Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes), de 1937.
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