Não é para tanto: Mares Guia exagera ao mencionar crescimento das receitas mineiras
O candidato a governador de Minas Gerais extrapolou o valor em R$ 34 bilhões
“A economia [durante o governo Anastasia] cresceu, as receitas chegaram a R$ 108 bilhões em Minas Gerais – vindo de menos de R$ 30 [bilhões]” – João Batista Mares Guia, candidato ao governo de Minas Gerais pelo REDE, em entrevista à Rádio Super Notícia FM, publicada em 7 de fevereiro de 2018.
João Batista Mares Guia exagera ao mencionar o real crescimento das receitas de Minas Gerais ao longo da década de 2010. Em entrevista à Rádio Super Notícia FM, o então pré-candidato a governador do estado superdimensionou o valor em aproximadamente R$ 34 bilhões em relação ao ano de maior arrecadação do governo Anastasia, que foi 2014.
Se analisadas as informações do Portal da Transparência do Governo de Minas Gerais, é perceptível o crescimento da receita vinda de impostos e taxas, por exemplo. Não, entretanto, na dimensão afirmada pelo candidato. O pico de receita ao longo do governo Anastasia (PSDB-MG), que durou de 2010 a 2014, foi de R$ 73,3 bilhões, em 2014, diferentemente dos R$ 108 bilhões citados por Mares Guia. É por isso que o Truco nos Estados – projeto de fact-checking da Agência Pública – identifica a frase como exagerada.
Fonte: Demonstrações contábeis da Secretaria da Fazenda Minas Gerais
A assessoria de imprensa do candidato reconheceu os problemas da frase e afirmou que “está sendo feito um ajuste fino nas informações econômicas que subsidiarão o programa de governo de João Batista Mares Guia”. A equipe ainda reiterou que o último ano de receita menor do que R$ 30 bilhões foi em 2006, no governo de Aécio Neves (PSDB), quando o valor foi de R$ 29,1 bilhões.
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